Bancada do PSB aciona TCU para investigar desvio de verba no MEC

24/03/2022 (Atualizado em 24/03/2022 | 14:17)

Aliel Machado (PSB-PR) é um dos coordenadores do pedido de investigação ao TCU. Foto: PSB na Câmara
Aliel Machado (PSB-PR) é um dos coordenadores do pedido de investigação ao TCU. Foto: PSB na Câmara


Após as denúncias relativas aos escândalos de desvio de verba envolvendo o ministro da Educação, Milton Ribeiro, os parlamentares da bancada do PSB na Câmara dos Deputados acionaram o Tribunal de Contas da União (TCU). O pedido de investigação foi protocolado nesta quarta-feira (23) e o partido pede celeridade nas ações do tribunal.

O deputado Aliel Machado (PSB-PR), que é presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, é um dos coordenadores do pedido. Ele afirma que além da corrupção em si, o escândalo que envolve o ministro Milton Ribeiro é ainda mais grave em consideração a fonte da propina oferecida.

“Estamos falando de recursos públicos de uma área deficitária, em um momento em que enfrentamos problemas educacionais”, apontou.

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A representação enviada ao TCU considera o escândalo “mais um capítulo que revela o agravamento da crise interna no âmbito do Ministério da Educação (MEC), que afeta a eficiência da gestão das políticas educacionais em nível nacional”.

O líder do partido, Bira do Pindaré (PSB-MA), e a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) também assinam o pedido e relembram que o escândalo ocorre poucos meses após a crise que colocou em risco a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2021.

Para Aliel Machado não há dúvida de que trata-se de uma prátaica de crime de corrupção ativa e passiva por parte do ministro da Educação. “Quando um ministro fala que houve um pedido de prioridade a pastores evangélicos, e já comete ali uma improbidade administrativa, você tem em contrapartida prefeitos relatando que esses mesmos pastores estavam pedindo propina”, declarou.

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O parlamentar afirma que é um grande erro do governo não ter exonerado Milton Ribeiro após as denúncias. “É inadmissível o ministro ainda não ter caído. Ele não podia estar hoje assinando pastas, mantendo o poder de destruir provas ou atuando em qualquer situação dentro do ministério. Foi muito grave o que aconteceu”.

Fonte: Socialismo Criativo