Márcio França defende acesso de todos os estudantes da rede pública ao ensino superior gratuito

11/05/2022 (Atualizado em 11/05/2022 | 14:52)

Foto: Divulgação
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O pré-candidato do PSB ao governo de São Paulo, o ex-governador Márcio França defendeu, em entrevista à BAndNews FM, nesta segunda-feira (9), o ingresso direto ou seja, sem vestibular, de todos os estudantes do terceiro ano do Ensino Médio público no ensino superior gratuito.

Segundo França, a ideia é possível a partir da oferta de vagas em cursos a distância. O ex-governador citou como exemplo a ampla oferta de vagas nos cursos gratuitos da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) durante seu governo. Quando esteve à frente do Palácio Bandeirantes, em 2018, o número de vagas da instituição saltou de 3 mil para 50 mil.

“Nós tínhamos criado cursos a distância gravados da Unicamp, USP e Unesp. A pessoa faz faculdade na sua casa, no seu tempo. Todo estudante que sai do ensino público no Estado de São Paulo tem que ter vaga garantida na faculdade ou no curso técnico gratuito e sem vestibular. Se a aula está disponível na internet, porque não oferecer o curso?”, defendeu.

França criticou a redução do número de vagas na Univesp no governo de João Doria (PSDB) e disse que os estudantes da rede pública ficaram sem aulas durante a pandemia, enquanto os alunos da rede privada mantiveram a rotina de estudos de forma remota.

“A gente tinha saído de 3 mil para 50 mil vagas, e eles [governo Doria] diminuíram, alegando que o ensino remoto não tinha qualidade. Ora, passou o tempo e veio a situação de pandemia, e a pandemia levou todo mundo à obrigação de ensino remoto”, afirmou. “Veja que absurdo, essa história de que as crianças tiveram aula remota, isso é uma mentira, todo mundo sabe disso. A maioria das pessoas não têm sequer computador, nem wi fi. Como elas tiveram aula remota, com o celular pequenininho? É impossível”.

Na avaliação do socialista, uma das formas de resolver a defasagem escolar na rede pública seria a contratação de professores e profissionais da educação para aulas nos fins de semana. “Vamos dizer que é tudo justo quando amanhã tiver um concurso ou um vestibular, e vai colocar o filho da pessoa que teve todos os dias aula remota pra concorrer com o outro que ficou dois anos sem aula?”, criticou.

O ex-governador socialista defendeu também o aumento de salário para professores e 100% de vagas em creches para que as mães tenham condições de estudar e buscar oportunidade de trabalho.

Para a área da saúde, França sugeriu a abertura de unidades de saúde nos fins de semana para tirar o atraso de consultas e exames que ficaram represadas com a pandemia.

Durante a entrevista, o pré-candidato também criticou a política econômica do atual governo, que, segundo ele, aumentou impostos em áreas sensíveis à população mais pobre, como remédios, leite e carne. Para melhorar a economia, França sugeriu duas prioridades: diminuir a carga tributária e gerar empregos.


Fonte: PSB nacional - Com informações da BandNewsFM