Associações de delegados e de agentes da Polícia Federal marcaram reuniões para esta terça-feira (19) com o objetivo de deliberar sobre uma postura mais dura e uma possível ruptura com o governo de Jair Bolsonaro (PL). A convocação veio depois que boa parte da corporação se irritou por não ter tido seu pleito de aumento salarial atendido.
A informação foi divulgada na coluna de Bela Megale, no jornal O Globo. Entre as propostas que serão debatidas estão as de pressionar pela renúncia do ministro da Justiça, Anderson Torres, que também é delegado da PF.
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Há, ainda, a possibilidade de as associações pedirem que o diretor-geral do órgão, Márcio Nunes, entregue o cargo. Grande parte dos policiais federais defendem que outras promessas não cumpridas por Bolsonaro sejam divulgadas publicamente.
A Associação Nacional de Delegados (APDF) vai decidir também nesta terça se a categoria vai realizar a paralisação das atividades.
A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), também convocou seus associados para uma assembleia e orientou que os 27 sindicatos estaduais ligados a entidade “estejam em estado de alerta, mobilização e prontidão, para os possíveis desdobramentos da próxima semana, que poderão incluir: deslocamentos a Brasília e/ou movimentos reivindicatórios nos respectivos estados”.
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A imprensa divulgou na última semana que a reestruturação policial não vai acontecer e que o governo federal vai conceder um aumento de 5% a todo o funcionalismo público. A informação revoltou a categoria.
A expectativa era de um reajuste que ficaria entre 16% e 20% para recompor as perdas inflacionárias dos últimos anos.
Em dezembro de 2020, Bolsonaro havia assumido publicamente o compromisso com a categoria para corrigir o que ele mesmo chamou de “injustiças”.
O ex-ministro da Justiça, André Mendonça, também prometeu uma reestruturação na Polícia Federal, quando ainda ocupava o ministério.
Fonte: Socialismo Criativo