“Tenho convicção que os rumos do PSB serão definidos nas eleições de 2018. Precisamos ter candidatura própria às eleições presidenciais”. Esse foi um dos destaques da entrevista que o presidente do PSB/RS, Beto Albuquerque, concedeu, nesta segunda-feira (13/03), ao Núcleo de Pesquisa do PSB gaúcho. Ao lado das coordenações estaduais de São Paulo, Amapá e Alagoas, o PSB/RS foi escolhido pela Fundação João Mangabeira para resgatar a história partidária em diferentes regiões do país. O trabalho do grupo culminará num livro de memórias sobre a trajetória da sigla no Rio Grande do Sul.
Vice-presidente nacional da sigla, Beto relembrou que foi o ‘ficha 4’ do PSB nacional na época da reorganização da sigla, em 1986. O socialista destacou também episódios e ações que liderou durante seus 24 anos de mandato como deputado estadual e federal. “Tenho 31 anos de filiação. O PSB foi o meu único partido”, orgulha-se, defendendo que o papel da sigla é se diferenciar em meio à crise de identidade que afeta as instituições do país, notadamente os partidos políticos. “Precisamos nos diferenciar pelas ações que defendam e garantam as conquistas sociais, a começar pelo voto contrário à Reforma da Previdência conforme está posta pelo governo federal”, indicou.
Sobre o futuro do PSB, o dirigente defendeu que a sigla tenha “coragem e ousadia” para buscar o protagonismo nacional e colocar-se como alternativa à polarização política vigente no país desde o ano de 1994. “Precisamos colocar o peito na água e a cara na rua em 2018. Do contrário nossa identidade partidária será enfraquecida. Temos que ter apetite pelo protagonismo e não emprestar nosso apoio aos partidos que não sejam de esquerda”, defendeu afirmando que as eleições de 2018 marcarão o início de um novo ciclo político-partidário no país.
Beto prosseguiu na análise ideológica, dizendo que a esquerda está dilacerada devido “aos erros e desmandos” cometidos durante o governo do PT no Palácio do Planalto. “Tem muita gente da esquerda que está pagando o preço sem dever. O PSB precisa se diferenciar e mostrar que o caminho para o Brasil é pela esquerda”, completou. O líder socialista também respondeu se sobre a possibilidade de concorrer às eleições de 2018. “Estou sempre à disposição do PSB para assumir qualquer tarefa. Assim como fiz nas eleições de 2014”, finalizou o socialista, que foi candidato à vice-presidência na chapa com Marina Silva, após o falecimento do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.
A entrevista foi conduzida pelo coordenador do Núcleo de Pesquisa do PSB/RS e coordenador da Fundação João Mangabeira no Estado, Gildo Silva, além dos pesquisadores Carlos Orling e Sérgio Neglia, bem como o secretário-geral do grupo, Fernando Müller.
Foto: Daniela Miranda - divulgação PSB/RS
Fonte: Saul Teixeira - Ascom PSB/RS