Em agendas institucionais na Capital Federal, o presidente estadual do PSB, Mário Bruck, aproveitou para prestigiar o lançamento do livro ‘Em Defesa dos Ideais do Socialismo Democrático’, do presidente Carlos Siqueira, na noite desta quarta-feira (14). A noite de autógrafos reuniu militantes, autoridades e lideranças políticas na inauguração da Livraria Luso-Brasileira Miguel Arraes e Mário Soares, na sede nacional da sigla, em Brasília.
“Participar desse momento é reconhecer a importância de preservar a memória, os valores e os ideais que moldaram o PSB. A trajetória de Carlos Siqueira inspira nosso compromisso com o socialismo democrático e com a construção de um Brasil mais justo e solidário”, destaca Bruck.
A obra marca os 35 anos de filiação de Siqueira ao PSB e uma década na presidência do partido. Além de refletir sobre a trajetória política e partidária, os pensamentos e os ideais do socialista, o livro também reúne relatos sobre a origem, a formação e as experiências de vida: a infância na zona rural de Bom Conselho, cidade natal em Pernambuco, os primeiros anos escolares, a militância estudantil e os caminhos que conduziram ao engajamento político e à filiação ao PSB.
Com mais de 200 páginas, a publicação traz fotografias que ilustram diferentes fases da vida pessoal e política de Siqueira, resultado de uma pesquisa minuciosa que organiza memórias de uma trajetória marcada pelo compromisso com o socialismo democrático.
A publicação também destaca o período em que Siqueira liderou o processo de autorreforma do partido, e apresenta uma análise crítica das quase quatro décadas de democracia no país. “O livro percorre todos esses períodos de militância e construção partidária e apresenta minha avaliação sobre todos os governos que se sucederam ao longo dos 40 anos de período democrático. Então, falo sobre esses fatos, sobre o que vivi e como vivi”, afirma o presidente do PSB.
O evento foi prestigiado por autoridades como o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, o deputado Lula da Fonte (PP-PE), presidente da Câmara dos Deputados em exercício, e do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine.
O lançamento do livro também marcou a inauguração oficial da Livraria Luso-Brasileira Miguel Arraes e Mário Soares. Mantida pela Fundação João Mangabeira (FJM), a livraria reúne obras de autores portugueses e brasileiros e publicações de socialistas do PSB. O espaço vai funcionar não apenas como um ponto de venda de obras literárias e políticas, mas também permitirá que parte do acervo esteja disponível para empréstimo.
“A língua portuguesa é a sexta mais falada no mundo. No entanto, se não houver valorização e pessoas que a promovam, ela pode acabar sendo negligenciada. Por isso, decidimos criar uma livraria, juntamente com uma biblioteca, onde todos os livros estarão exclusivamente em português, para reforçar o prestígio e a importância da nossa língua”, explicou Márcio França, que também é presidente da FJM.
“A livraria é uma oportunidade para que jovens, estudantes e a comunidade de Brasília possam se conectar com a literatura, praticar o uso da nossa língua portuguesa e valorizar o idioma”, disse Carlos Siqueira.
Instalado no térreo da sede nacional do PSB, em Brasília, o espaço foi inspirado em uma livraria parisiense inaugurada na década de 1970 onde Mário Soares (ex-primeiro ministro e ex-presidente de Portugal, falecido em 2017) e Miguel Arraes (ex-governador de Pernambuco, liderança da esquerda brasileira, falecido em 2005) mantiveram a resistência democrática contra ditadura nos dois países.
A sugestão da iniciativa foi do jornalista e escritor lusitano Eduardo Costa, presente ontem na inauguração. A livraria em Paris foi, por muitos anos, propriedade de Mário Soares, e teve também como sócio, Miguel Arraes, quando ambos estavam exilados, explicou Márcio França.
“Mário Soares foi proprietário da livraria que está em Paris e já tem 50 anos. Todos vocês que forem a Paris, vale a pena visitá-la. O que eu não sabia é que, em determinado momento, o doutor Arraes também foi sócio do Mário Soares. E os filhos de Arraes trabalharam nessa livraria. Isso aconteceu porque ambos estavam exilados”, disse o ministro e presidente da FJM.
“Quando ocorreu a Revolução Portuguesa, Mário Soares retornou a Portugal, foi eleito presidente da República, e o doutor Arraes ficou com a livraria. Então, entendemos que seria uma homenagem muito justa a essas duas figuras tão importantes para o nosso pensamento, para o mundo, e, acima de tudo, para a nossa língua portuguesa”, complementou França.
Fonte: Com informações do Ascom do PSB Nacional