O Brasil tem a maior população negra do mundo fora da África. Recontar a nossa história a partir da memória dos negros e das negras que vivem no país é um compromisso de quem quer uma educação pública de qualidade.
Em 2003 e em 2008, o povo brasileiro conquistou duas leis importantes que determinavam a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena no ensino fundamental médio, as leis 10.639/2003 e 11.645/2008. Medicações feitas por meio da Lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDB) completariam 20 anos em 2023. Os desafios são muitos e temos na educação a parceria adequada para continuarmos lutando contra o racismo.
Apesar do desmonte das políticas públicas de combate ao racismo pelo governo de Michel Temer – e em seguida pelo governo Bolsonaro – a semente da resistência foi plantada. Conforme aumenta o conhecimento da nossa história e o nível de consciência do pertencimento racial, cresce também a coragem das pessoas em denunciar o racismo e em reivindicar direitos.
Seguiremos a luta de Zumbi e Dandara, defendendo sempre a construção de nossas histórias. Reafirmamos a memória de todos e todas, negros, negras e povos originários não negros (as), que construíram e seguem contribuindo para um Brasil mais democrático, solidário, e sem racismo.
Por Valneide Nascimento dos Santos, secretaria Nacional da Negritude Socialista Brasileira do PSB e membro do GT de Igualdade Racial do governo Lula e Alckmin.
Fonte: NSB Nacional