Schuch lamenta aprovação da reforma da Previdência proposta pelo governo federal

08/08/2019 (Atualizado em 08/08/2019 | 17:27)

O deputado Heitor Schuch lamentou a aprovação em segundo turno da PEC 6 da reforma da Previdência, ainda na quarta-feira, no plenário da Câmara. "Infelizmente, fomos vencidos na batalha contra essa proposta injusta, que vai prejudicar especialmente os trabalhadores que recebem os salários mais baixos, assim como a parcela mais pobre da população", criticou Schuch, que votou contra a PEC nos dois turnos e também na comissão especial que analisou o projeto, do qual foi titular.

O parlamentar afirma que, graças ao trabalho incansável dos parlamentares de oposição e à mobilização de entidades, foi possível avançar em pontos importantes, retirando os rurais da reforma, retirando o regime de capitalização, restituindo o valor do BPC, melhorando as regras de aposentadorias para professores e profissionais de segurança, assim como as regras de transição e a redução do tempo de contribuição para os homens no Regime Geral de Previdência Social. Ainda assim, serão mudanças cruéis no sistema previdenciário, com o aumento do tempo de contribuição enquanto se reduz o valor das aposentadorias. Sem falar, por exemplo, no abono salarial, que será restrito apenas a quem ganha menos de R$ 1.364,43  e não mais até dois salários mínimos como é atualmente. E na permissão de pensões por morte inferiores ao valor de um salário mínimo.

Schuch disse concordar com a necessidade de uma reforma da Previdência, porém não como a PEC 6/2019,  "que não pretende melhorar o sistema mas sem destruí-lo completamente". "Tanto que a grande parte da "economia" pretendida pelo governo (cerca de R$ 800 bilhões) recairão sobre os trabalhadores do Regime Geral da Previdência, com a maior parte do ajuste destinado a quem ganha até três salários mínimos. "É esse tipo de ’desigualdade’ que quer se combater? Enquanto isso, mais de 50% do Orçamento da União é destinado ao pagamento da dívida pública, leia-se sistema financeiro", criticou. 

Fonte: Comunicação/Deputado Heitor Schuch