O Partido Socialista Brasileiro fechou questão contra o substitutivo à
PEC 06/2019, da Reforma da Previdência, aprovado na Comissão Especial da
Câmara dos Deputados na semana passada. A decisão aconteceu na noite de segunda-feira
(8), durante reunião nacional em Brasília. "Essa proposta continua
penalizando fortemente a população mais pobre", destacou o líder do
partido na bancada nacional, deputado Tadeu Alencar (PSB-PE). Com apenas um voto contrário e uma abstenção, a decisão do Diretório
Nacional do Partido orienta os deputados e senadores a votarem contra a
matéria nas duas Casas. Em abril, os socialistas já haviam fechado questão
contra o texto da Reforma enviado pelo Governo e, na resolução aprovada, o
partido considera que a proposta votada pela comissão "diminuirá o poder
de compra desta parcela da população". "O ministro Paulo Guedes quer economizar em 10 anos R$ 700 bilhões tirando
isso dos trabalhadores que ganham até R$ 1,4 mil. O partido é contra.
Queremos que esses recursos fiquem na economia e não sejam retirados dos trabalhadores”,
explicou o presidente do PSB do Rio Grande do Sul, Mário Bruck, que
participou da reunião em Brasília. A resolução destaca que o substitutivo "tem caráter eminentemente
recessivo e, portanto, inadequado para se cumprir a promessa de geração de
empregos – o que, por sua vez, também compromete a sustentabilidade da
Previdência". "Nós da oposição não temos apenas responsabilidade
fiscal, temos também responsabilidade social. E essa reforma da previdência
impedirá milhões de brasileiros a se aposentarem", afirmou o Líder da
Minoria na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ). Vice-presidente nacional da sigla, o gaúcho Beto Albuquerque declarou que
“muito me honra estar aqui na reunião do Diretório Nacional do PSB e defender
o fechamento de questão contra esta reforma da Previdência que amplia
renúncias tributárias para os mais ricos e manda os trabalhadores e
trabalhadoras trabalhar até os 65 anos e contribuir até 40 anos para ganhar
um salário mínimo na aposentadoria”. Durante o evento, os deputados federais Heitor Schuch (RS), Aliel Machado
(PR) e Lídice da Mata (BA) foram parabenizados pela forte atuação na Comissão
Especial da reforma. Schuch destacou os profissionais da segurança e
policiais. "Na comissão votamos 'sim' para o destaque em favor dessas
classes, mas fomos derrotados pela base do Governo e a briga agora será no
Plenário", desafiou o parlamentar gaúcho. O Plenário da Câmara dos Deputados começou a discutir a proposta de
reforma da Previdência (PEC 6/19) nesta terça-feira (9), em sessões pela
manhã, e permanece na atividade até quinta-feira (11). |
Fonte: Comunicação/PSB nacional