Os agricultores familiares ligados à Fetag-RS prometem parar o Estado nas manifestações em mais de 40 pontos contra a reforma da Previdência Social. O governo federal cedeu em pontos que atingem os rurais, mas a proposta ainda prejudica as mulheres e deixa a desejar na fórmula de contribuição. A previsão é que o parecer da PEC 287/16 comece a ser votado em Brasília no próximo dia 2 de maio. Os protestos dos rurais começam nesta terça-feira (25) e culminam com a Greve Geral, no dia 28.
O deputado estadual Elton Weber (PSB) reforça: o momento é de intensificar as manifestações para conseguir avançar em relação ao texto original da Reforma. Weber participará dos protestos em Frederico Westphalen, no dia 25; em São Sepé, no dia 26 e em São Sebastião do Caí e Caxias, ambas no dia 28. “Força total, agricultura na rua, a Previdência tem que acabar com privilégios, não com direitos”, reforça ele.
Weber reforça que é necessário manter as atuais regras como os 55 anos para as mulheres e a contribuição sobre a produção comercializada e não de forma individual e direta como prevê o projeto do governo. Inicialmente, a PEC igualava os trabalhadores do campo aos urbanos, exigindo 65 anos de idade mínima para ambos os sexos e comprovação de 25 de atividade. No novo texto para os rurais, essa idade baixou para 57 anos no caso das mulheres e 60 no dos homens, com 15 anos de atividade.
Patricia Meira Cardoso
Foto: Elaine Martins
Fonte: Assessoria