O PSB gaúcho marcou para o próximo dia 23 de julho seu Congresso Eleitoral, confirmou a candidatura de Beto Albuquerque ao Governo do Estado e abriu vagas para vice-governador e senador em sua chapa estadual para o próximo pleito.
As decisões foram tomadas neste sábado, dia 25, em Reunião Ampliada do Diretório Estadual socialista, realizada no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. e aprovadas por unanimidade entre os cerca de 250 participantes do encontro socialista.
O presidente estadual da sigla, Mário Bruck, abriu os trabalhos fazendo uma breve leitura do quadro nacional e, logo a seguir, analisou a conjuntura política estadual com mais profundidade, relatando todos os movimentos do partido para compor uma coligação com potencial vencedor para as próximas eleições com as mais diversas agremiações democráticas do estado. Bruck também informou aos participantes as reações e respostas desses prováveis parceiros, assim como dos respectivos diretórios nacionais envolvidos nas negociações.
“A esquerda sozinha não vence o próximo pleito para o Palácio Piratini. Ela tem que se unir ao Centro Democrático para alcançar seu objetivo. E o Beto é o único candidato que consegue isto”, enfatizou o presidente do PSB gaúcho.
O Presidente estadual também explanou detalhadamente sobre as negociações com a Federação (PT, PC do B e PV), as propostas feitas para composição de uma coligação, as contrapropostas e, principalmente, reclamou da intransigência do co-irmão de esquerda em manter o nome de Edegar Pretto como candidato a governador, mesmo com a nítida falta de apelo eleitoral do petista.
Sobre as tratativas para uma composição política entre os socialistas gaúchos e o Partido Democrático Trabalhista (PDT), Bruck enfatizou que “há um movimento dentro da Executiva Nacional socialista para flexibilizar a campanha desse ano e permitir dois palanques para campanha de presidente da República. Um para Lula e Alckmin e outro para Ciro”, disse.
Quando a palavra foi aberta para os participantes, o apoio a chapa Lula-Alckmin foi outra unanimidade da reunião. “No próximo pleito, se temos que escolher entre a civilização e a barbárie, votaremos pela civilização, contra todo este conservadorismo insano que trouxe de volta a fome, a inflação galopante, o ódio, a intransigência e a violência desenfreada para dentro sociedade brasileira” bradou o ex-deputado federal, Vicente Selistre, em sua fala emocionada. Foi fartamente aplaudido pela plateia.
Já a socialista histórica, a ex-deputada Maria Augusta Feldman, realizou uma análise serena da conjuntura política estadual, porém forte em seu conteúdo ao retribuir críticas ao partido. “O nosso maior inimigo, hoje, está dentro da esquerda e nos acusa de pequenos pecados em coligações fora de nosso círculo aqui no Estado. Porém, se esquecem de seus grandes pecados em coligações muito estranhas em âmbito federal”, explanou. Também foi aplaudida por largo tempo.
Na parte final da Reunião Ampliada do Diretório Estadual socialista, Beto Albuquerque assumiu o microfone e começou sua fala fazendo uma retrospectiva de sua trajetória política: “Sou filiado ao PSB há 36 anos. Há 32 anos, cheguei aqui na Assembleia Legislativa como deputado estadual do PSB. E, desde então, nesta trajetória, sempre defendendo os ideais socialistas, fui aprendendo e me preparando para colocar meu nome como candidato de meu partido para o Governo do Rio Grande do Sul. Estou chegando aos 60 anos e disputei 11 eleições. Possivelmente este será meu último pleito. E, eu e meu partido, somos hoje protagonistas dessa eleição e me sinto totalmente preparado para o cargo. Se há resistência do PT ao meu nome, temos que lutar contra isto. Não há como abrir mão desse protagonismo do PSB gaúcho, já que este projeto não é só meu. É plural, é de todo partido. E só existe um caminho para derrotarmos o bolsonarismo e a falta de palavra aqui no Estado”, bradou. Foi aplaudido de pé pela plateia. Ovacionado!
Beto embarca neste domingo, dia 26, para reunião da Executiva Nacional do PSB que acontecerá na segunda-feira, dia 27. Na pauta, as alianças nos Estados.
Fonte: Ricardo Ritzel/Comunicação PSB RS