Governos devem planejar e executar políticas que transformem a vida das pessoas, afirma Siqueira 

10/04/2017 (Atualizado em 10/04/2017 | 18:47)

Siqueira é presidente nacional do PSB
Siqueira é presidente nacional do PSB

Diante de cerca de 400 pessoas, presentes ao evento “PSB – Gestão de Resultados”, nesta sexta-feira (7), em Cuiabá (MT), o presidente nacional do PSB defendeu o planejamento na gestão pública e a execução de políticas que transformem de fato a realidade da população, única garantia, segundo ele, de que serão sempre lembradas pelo cidadão. “Obras físicas são importantes, são necessárias, mas temos que planejar obras que fiquem na memória dos cidadãos. Coisas simbólicas, mas que ficam na memória popular”, disse.

Siqueira citou o exemplo de Miguel Arraes de Alencar, prefeito do Recife e governador por três vezes. Como prefeito, na primeira gestão (1959), Arraes realizou grandes obras urbanas – como a abertura de avenidas, a construção de pontes e viadutos. Entretanto, afirmou Siqueira, o que ficou marcado na história e na memória das pessoas foram iniciativas como a construção de escolas públicas, a criação do Movimento de Cultura Popular e a assinatura do Acordo do Campo, que garantiu direitos aos camponeses.

“Essas ações empolgaram toda a sociedade, politizaram e deram conceito de cidadania a tantas pessoas. Ninguém fala das avenidas, dos viadutos, mas falam do Movimento de Cultura Popular, de escolas abertas, da qualidade do ensino, de como as pessoas passaram a exercer sua cidadania”, lembrou.

Estiveram presentes ao evento o vice-governador de São Paulo, Márcio França, o deputado federal e presidente do PSB-MT, Fábio Garcia, o deputado federal Adilton Sachetti, o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, o presidente municipal do PSB, Suelme Evangelista, além de deputados estaduais e representantes dos segmentos socialistas.

O presidente do PSB disse que mais do que “pedir votos” nas eleições, as nossas lideranças políticas devem traçar objetivos claros para o futuro das cidades que almejam administrar. “Tivemos dois grandes presidentes da República que pensaram o Brasil de maneira estratégica, e realizaram grandes coisas que continuam a impactar até hoje a vida do país, e nunca serão esquecidos por isso”, referindo-se Juscelino Kubitschek e Getúlio Vargas.

“Se você perguntar quem foi Juscelino Kubitschek, não há quem não saiba. Se você perguntar quem foi Getúlio Vargas, não há quem não saiba. Ambos foram combativos e nós temos que ter esse comportamento no plano do município e do Estado”, destacou.

 

Renúncia à política

Carlos Siqueira avaliou que o país está em crise porque os partidos políticos “renunciaram” a política. “O país vive uma crise política porque muitos partidos e muitos políticos renunciaram à política. E se renuncia à política quando não se exerce a política, quando não se exerce bem o mandato, quando se coloca como objetivo apenas se reeleger ou mudar de função ou de cargo. Isso tudo é legítimo, mas mais importante é quando o cidadão político faz isso a partir do trabalho efetivo que realiza”, afirma.

Além da preocupação com a economia e a política, Siqueira disse que os gestores não devem esquecer das ações voltadas à população mais carente. “Precisamos desenvolver o país, mas não há país desenvolvido quando o povo é miserável. Por isso, que nós temos que ter preocupação com o macro, o econômico, o político, mas, sem jamais esquecer de elevar o nível material e espiritual das populações mais pobres”, sustentou.

Ele defendeu a necessidade de um processo de desenvolvimento estratégico para o país, o que considera imprescindível para a superação da crise. Para o PSB, acentuou, seria uma oportunidade para crescer, com base em um projeto nacional, além de sua tradição, sua história e os exemplos de líderes como Eduardo Campos e Miguel Arraes.

Projeto nacional para 2018

O presidente do PSB também reafirmou que o partido se prepara para ter um projeto nacional em 2018. “Nós estamos neste ano, que não é eleitoral, nos preparando para isso, estamos incentivando nossas candidaturas. Um partido tem autonomia e deve fazer alianças com quem desejar, desde que ele saiba quais são seus objetivos. A mira de um partido sério não é conquistar cargos em administrações de outros partidos, mas sim conquistar o poder para realizar e transformar uma cidade, um Estado, um país”, apontou.

Dentro desse projeto nacional, o Sudeste é uma região prioritária para os socialistas, assegurou Siqueira. “Não há projeto nacional que possa ignorar Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais porque aí está quase 60% do eleitorado nacional. Temos projetos de candidaturas em vários outros importantes estados. Mas é preciso que esses projetos tenham conteúdo, tenham objetivos, aconteçam para transformar a realidade”.

Um desses Estados é o Mato Grosso, onde o presidente nacional do PSB disse esperar presença de um socialista na chapa majoritária de 2018, além do crescimento das bancadas federais e estaduais. “Eu acredito muito que com o ritmo que o PSB está sendo conduzido no Estado, ele vai chegar aos seus objetivos”, disse.

O presidente do PSB defendeu a candidatura do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, ao governo de Mato Grosso ou ao Senado nas próximas eleições. “Ninguém pode ser obrigado a ser candidato ou a deixar de ser, mas o partido tem muito entusiasmo por essas possibilidades. O projeto do Mauro Mendes depende dele e do partido, que já lhe dá total apoio. Pelo ótimo prefeito que foi para Cuiabá, (Mendes) tem a total condição de liderar um projeto político para o governo do Estado ou Senado”, defendeu.

Missão desafiadora

O presidente do PSB-MT e deputado federal Fábio Garcia destacou os desafios que os prefeitos enfrentarão nos municípios, sobretudo na atual crise econômica que o país atravessa. “ Vocês que estão administrando os municípios estão numa desafiadora missão, no momento em que o Brasil atravessa uma das suas maiores crises. Estamos aqui para nos unir e compartilhar nossas experiências, para que possamos entregar para a população mato-grossense os melhores resultados possíveis”, disse.

Com 16 prefeitos, 200 vereadores, cinco deputados estaduais e dois federais, o PSB no Mato Grosso se fortaleceu nos últimos anos, afirmou Garcia. “Não tenho dúvida de que o PSB é hoje o partido que reúne as maiores lideranças e os melhores gestores públicos do nosso Estado. Temos riquíssimas experiências no nosso quadro político”, ressaltou.

O vice-governador de São Paulo, Márcio França, também destacou o crescimento do PSB no Estado e a contribuição do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, para isso. “Em Mato Grosso, o partido cresceu muito, ficou muito representativo, passou a ter uma liderança de ponta, que é o Mauro, e o partido no Brasil inteiro cuida de suas engrenagens maiores, nosso caso aqui hoje. Mato Grosso, pela consistência, certamente vai jogar um jogo importante em 2018”, disse.

Também presente no encontro do PSB, o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, criticou o momento político que o Brasil vive. “A população não acredita mais em seus governantes. A política é um instrumento democrático que existe no mundo para você gerenciar uma cidade, um estado, um país. Fora disso seria um regime autoritário, que é aquilo que não queremos no país. E para melhorar a política nós temos que melhorar a qualidade dos políticos”, disse.

 

Assessoria de Comunicação/PSB Nacional

Fonte: PSB Nacional