Após o
levantamento de dados em mais de 120 municípios gaúchos em 21 regionais do
Estado, o Observatório do Desenvolvimento do Rio Grande do Sul realizou um debate sobre sua segunda
regional, a Região da Campanha, nesta terça-feira, dia 28, através de uma live na sua página no
Facebook .
O programa,
que contou com a presença do professor Ricardo Cougo, da vereadora Beatriz Souza
(ambos de Bagé), Thiago Freitas, Ana Paula Corrêa e Darlan Freitas (de Caçapava do Sul), teve seu foco no diagnóstico de dados, suas interpretações em busca de caminhos e pautas mobilizadoras. Ou seja,
desenvolvimento.
Darlam
Freitas abriu o encontro virtual salientando que observar é universal e é a
primeira ação que fizemos para buscar qualquer tipo de aprendizado. “Mas a
observação não é uma atribuição somente da visão. Observar é uma jornada
completa e, muitas vezes, a melhor observação que agente pode fazer é de olhos
fechados. É a observação com a consciência, observação com o coração, com a
razão”, disse e concluiu: “A luta política não pode ser uma coisa de ocasião,
não pode ser um projeto particular ou um desejo fugaz. A luta política é uma
luta para vida toda, seja no âmbito partidário ou fora dele. E, observar é um
dever mais intenso para quem vive política. Observar é um compromisso ético contra
as injustiças e com mudanças por uma justiça social”.
O professor
Ricardo Cougo salientou em suas considerações iniciais que, em Bagé, de cada
R$100,00 em compras, só R$6,00 são comprados de pequenas e micro empresas do
município e da região. “Isto é muito pouco. Devemos nos organizar para
potencializar estas organizações e gerar mais empregos para nossa família e
comunidade. Neste sentido, a geração de emprego e renda é o primeiro desafio que
me vem no estudo dos dados do Observatório do Desenvolvimento da Região da
Campanha”, disse.
Cougo considera a potencialização do comercio da região, a primeira medida para levar
justiça social para a periferia das cidades, gerando impostos que serão
transformados em agua potável, esgotos, calçamentos e tudo mais que possa
acrescentar em vidas melhores nas periferias destes municípios. Ou seja, mais
justiça social.
Na sua fala
inicial, a vereadora Beatriz Souza salientou que a iniciativa do Observatório
do Desenvolvimento ajuda, e muito, a conhecermos a realidade dos municípios. “Neste
sentido, vamos discutir, hoje, vários eixos de desenvolvimentos que foram
profundamente analisados e radiografados por este estudo. E um desses dados,
talvez o mais impactante, é que o Município de Bagé gasta uma fortuna em
aquisição de produtos, mas as pequenas e médias empresas de Bagé não são
utilizadas nestas compras. Somente 6, 7% dessas compras são realizadas através
de pequenas e médias empresas da cidade, o resto vai para outras cidades e
estados. Neste sentido, hoje é necessário trazer a população para conhecer está
realidade de nossa região e muda-la, já que é uma região pobre”, enfatizou a
vereadora.
O debate socialista da Região da Campanha baseado no Observatório do Desenvolvimento também analisou a criação de políticas públicas para gerar empregos e rendas, o amparo às micro e pequenas empresas, com ampliação de compras públicas e qualificação profissional da mão de obra regional, a educação como ferramenta central de transformação da sociedade, através da valorização dos professores, infraestrutura, ensino integral, combate ao abandono escolar, financiamento do saneamento básico, entre outras questões diagnosticadas no estudo da região.
Outra pauta foi
o desenvolvimento rural para tratar de temas como valorização da agricultura
familiar, agroindústrias familiares, abertura de novos canais de
comercialização, infraestrutura das estradas rurais, extensão rural e ampliação
dos consórcios intermunicipais.
Clique aqui e assista na íntegra o debate sobre a Região da Campanha promovido pelo Observatório do Desenvolvimento do RS.
O QUE É
OBSERVATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO:
O
Observatório do Desenvolvimento do RS é um projeto de mobilização popular e
análise de dados em administração pública.
Foram produzidos relatórios com indicadores nas áreas de saúde,
educação, justiça social e economia.
Estas
informações captadas assumirão caráter propositivo, buscando uma interlocução
objetiva entre setor público e sociedade civil, através de audiências públicas,
abaixo assinados digitais, debates locais e regionais.
Para o
coordenador Mário Bruck, coordenador geral do projeto no RS, "É
fundamental que as políticas públicas sejam pautadas em necessidades reais da
população. O Observatório entende que a construção de uma sociedade mais justa
e fraterna para todos os gaúchos e gaúchas, passa inevitavelmente pela
participação popular.”
O projeto
realizou levantamentos de dados de mais de 120 municípios gaúchos em 21 regiões
do Estado. Além dos diagnósticos, o projeto busca o debate através de
audiências públicas, petições e diversas formas de participação popular.
As
peculiaridades do Rio Grande do Sul são diversas, nossos desafios de
infraestrutura, emprego, saúde e bem estar são muito distintos em cada região.
O
observatório buscará um debate amplo sobre a vida prática da população, e para
isso, lança sua segunda regional que traz um relatório com 24 indicadores
preliminares nas áreas de economia, saúde, educação e justiça social, que
servirão de base para debates e mobilizações em centenas de municípios pelo Rio
Grande do Sul.
Você pode
acompanhar todos os debates e de todas as regiões gaúchas através da página do
Observatório no Facebook.
Fonte: Assessoria de Comunicação do PSB-RS