Eric Hobsbawm foi um historiador extraordinário que buscou
por toda sua vida a compreensão do seu tempo. E se não conseguiu, chegou muito
perto disto. Em uma de suas mais célebres obras, “A História Social do Jazz”,
ele utiliza uma das mais ricas manifestações da música popular do século XX
como ponto partida para explicar a sociedade ocidental.
Segundo o autor, o livro, lançado no final dos anos 50, não
é apenas sobre o jazz como um fenômeno em si mesmo, “hobby e paixão de uma
grande legião de entusiastas, mas também sobre o jazz como parte da vida
moderna. Se é comovente, é porque homens e mulheres são comoventes: você e eu.
Se é um pouco louco e descontrolado, é porque a sociedade em que vivemos também
é assim”.
Afinal, os negros americanos criaram o jazz a partir do
contato deles com os instrumentos europeus. Desenvolveram um excepcional senso
de improvisação e fizeram da sua criação o ponto alto da música popular que
ouvimos no século XX. E também foram inseridos nessa mesma sociedade através da
música que criaram, já que, depois da escravatura e até então, a única maneira
de um negro ascender socialmente nos Estados Unidos era através das forças
armadas. Foi um grande passo.
O que Hobsbawm não
viu e nem previu foi que está tendência de música outrage, maldita e muitas vezes “satânica” para aquela sociedade
branca, anglo-saxa e protestante,
estava apenas no começo. Foi entre os anos 40 e 50 que uma batida diferente que
levava a todo transe sua plateia começava a se popularizar entre a juventude de
todo o mundo e instigava exatamente o contrário da geração passada: desta vez,
músicos e plateia queriam mesmo era sair de vez daquela sociedade conservadora,
puritana e preconceituosa e criar outra baseada na igualdade, na liberdade e sem
nenhum preconceito sexual, racial ou de gênero. Surgia, então, o rock’n’roll.
O rock é, antes de tudo, um bem elaborado blend da música negras
norte-americana, baseada nos blues, R&B e gospel. Sua formação clássica, ou
cozinha, é formada pela guitarra (seu instrumento por excelência), bateria e
contra-baixo. Sendo que os mais sofisticados adeptos desse gênero musical
também introduziram o teclado eletrônico e, algumas vezes, o saxofone.
O mundo nunca mais seria o mesmo.
Tanto que até hoje, garotos dos 10 aos 80 anos, quebram dogmas e
barreiras geracionais, escutando, dançando e cantando esse estilo musical eleito como sua
música preferida. Sempre como em um transe, como se falassem com os Deuses
através de um solo de guitarra.
Neste sentido, e em celebração ao Dia Internacional do Rock,
a maior e melhor banda de rock de todos os tempos explica, in loco, as razões
dessa idolatria já quase centenária......com vocês, Rock’n Roll com o Led
Zeppelin.
PS: Ahh, e se você tem outra banda preferida, não se incomode com a minha escolha, poste abaixo a sua, afinal, o rock é como o socialismo com liberdade: plural e coletivo!
Fonte: Assessoria de Comunicação do PSB-RS