Covid-19: Brasil passa de 380 mil mortes, mais de 3 mil em 24h

22/04/2021 (Atualizado em 22/04/2021 | 15:39)

Foto: Fernando Crispim/Amazônia Real
Foto: Fernando Crispim/Amazônia Real

Mais de 3 mil famílias brasileiras, todos os dias, têm vivenciado o luto da perda de entes queridos em função da pandemia da Covid-19. Nesta quarta-feira (21), o Brasil registrou, em 24 horas, 3.157 mortes pela doença e totalizou 381.687 óbitos desde o início da crise sanitária. O número de mortes diárias equivale ao de vítimas do atentado contra as Torres Gêmeas, em Nova York (EUA), no dia 11 de setembro de 2001.

De acordo com os números atualizados pelo consórcio de veículos de imprensa, o número de novos casos confirmados em 24 horas foi 71.231. Já são 14.122.116 diagnósticos no total. A média de novos casos por dia é praticamente a mesma de duas semanas atrás. São 63.507.

A média de mortes calculada nesta quarta com base nos últimos sete dias também quase não teve variação: 2.787 mortes por dia no Brasil, em média, queda de 1%. É mais um dia em que as médias de mortes e de casos mostram estabilidade, mas em um patamar muito alto.

Roraima não informou os dados nesta quarta. Quatro estados estão com alta na média de mortes. Pará e Acre tiveram os maiores aumentos. Em estabilidade, estão 13 estados e o Distrito Federal. Oito estados estão com queda na média de mortes. As maiores reduções foram em Mato Grosso e no Paraná.

Vacinação contra a Covid-19 segue lenta

Em 24 horas, 349.900 pessoas receberam a primeira dose da vacina e, agora, o total de vacinados com a primeira dose no Brasil chegou a 27.523.231 vacinados, o equivalente a 13% da população. Receberam a segunda dose 10.947.310 pessoas ou 5,17% da população. Os dados são do consórcio de imprensa.

A segunda dose já foi aplicada em 10.947.310 pessoas (5,17% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal. No total, 38.470.541 doses foram aplicadas em todo o país.

Imunização de grupos prioritários

Ministério da Saúde informou nesta quarta que espera concluir a vacinação contra a Covid-19 das mais de 77 milhões de pessoas dos grupos prioritários em setembro. Na prática, a nova estimativa do governo federal é um adiamento em relação ao que previa o ex-ministro general Eduardo Pazuello.

Agora, o ministério diz que todas as pessoas que se encaixam nos critérios de prioridade devem receber a primeira dose até a 1ª quinzena de julho. O prazo para concluir a vacinação é setembro, segundo a pasta, porque o intervalo entre as doses da vacina de Oxford/Astrazeneca é de até 3 meses.

Apesar da estimativa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que ainda não irá divulgar uma nova atualização do cronograma de entregas de vacinas aos estados. O tema é alvo de cobrança do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na mais recente atualização do documento, feita em 19 de março, ainda constam a entrega de vacinas que não foram nem mesmo autorizadas para uso no Brasil, além de divergências como a previsão de entregas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Para abril, o ministério da Saúde prevê 21 milhões de doses, mas a fundação promete entregar 18,8 milhões.

“(O cronograma) será atualizado dentro do prazo estabelecido”, disse Queiroga após ser perguntado sobre quando uma nova versão do documento seria divulgada. Na terça-feira, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, deu prazo de cinco dias para o governo federal se manifestar em uma ação movida pela Rede Sustentabilidade que cobra a divulgação detalhada do cronograma de recebimento de vacinas.

Falha na previsão de Pazuello

A nova data para a conclusão da vacinação das pessoas dos grupos prioritários marca mais um revés na previsão feita pelo ex-ministro Pazuello. Em 15 de março, no dia em que a sua substituição foi anunciada, o ministro afirmou que era provável o fim da vacinação dos grupos prioritários ainda em maio.

Queiroga foi perguntado sobre a falha na previsão de Pazuello e citou a conjuntura internacional como justificativa. O atual ministro também citou a demora na entrega de doses do consórcio Covax Facility, liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Não ter atingido a meta dos 78 milhões se deve a esses aspectos, se deve aos aspectos regulatórios. O Ministério da Saúde não vai colocar vacinas que não foram aprovadas pela Anvisa”, disse Queiroga.

Durante a apresentação, o ministro disse que está em negociação com a Pfizer para uma compra de 100 milhões de doses para 2022. Ele foi questionado quais outras opções concretas o Brasil tem para acelerar a entrega de doses ainda neste ano, já que há gargalos na vacinação e até mesmo cidades com a campanha paralisada por falta de doses.

Fonte: Socialismo Criativo - Com informações do G1